Já imaginou ter quase 100% de certeza de que uma estratégia vai dar certo? Com o Design Sprint é bem possível chegar próximo disso.
Um método poderoso para desenvolver ideias, resolver problemas, testar hipóteses e descobrir quais são os caminhos certos para que tudo funcione perfeitamente.
O Sprint foi concebido e é usado no google para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias.
Se você quer mudar os rumos do seu produto ou negócio rapidamente, leia este post e faça o que nós dissermos. 😉
Neste artigo você verá:
Design Sprint e fundamentos básicos
O método foi desenvolvido pelo designer Jake Knapp durante sua carreira no Google.
Atualmente diversas startups e empresas no mundo todo vem utilizando o sprint para aperfeiçoar seus produtos e serviços de forma incrivelmente rápida e contínua.
E não é atoa!
O design sprint é útil para equipe de todos os tamanhos, de pequenas a grandes empresas, podendo ser aplicado para qualquer pessoa que tenha uma ideia, problema ou oportunidade para trabalhar.
Em suma, ele é baseado em 4 leis:
- Não precisamos desenvolver para aprender com o usuário.
- É possível ter um menor custo e tempo de desenvolvimento.
- Precisa ser focado no usuário.
- Construção colaborativa de uma solução.
Nunca se esqueça de respeitar essas máximas durante todo o processo do sprint.
As 5 fases do Design Sprint
As fases também são o processo do design sprint.
A metodologia foi desenvolvida para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias, então, não por coincidência as 5 fases devem ser realizadas cada uma em um dia da semana.

Vamos aprofundar com mais detalhes cada uma dessas fases? Vem comigo.
1ª Fase: Mapear
Faça uma imersão do seu público-alvo, requisitos técnicos, análise de mercado, jornada de consumo dos usuários e mapeie tudo.
O foco aqui é entender seus usuários e sua experiência por completo.
2ª Fase: Faça esboços
Uma vez que tiver toda a experiência mapeada pelo passo anterior é hora de analisar.
Entenda os pontos focais de atuação e explore o quanto for possível de oportunidades de melhoria. E faça seus esboços – eles precisam ser auto-explicativos.
Quanto mais ideias tiver nessa fase, melhor!
Não se esqueça de focar sempre no usuário, o sprint é para ele e não para você.
3ª Fase: Decida
Reúna todas as ideias num quadro e faça uma votação com o seu time.
Cada pessoa do time terá direito a dois votos – se empatar, o decisor do sprint desempata.
Escolha a ideia vencedora e parta para a próxima fase.
4ª Fase: Protótipo
Bora dar vida a possível solução?
Agora é hora de fazer um protótipo rápido da ideia escolhida.
Pense como exemplo que a ideia escolhida foi desenvolver um aplicativo ou website: você não precisa programar um app de fato para validar se vai funcionar, você só precisa de um protótipo.
Significa que uma versão visual próxima do resultado final será o suficiente para prosseguirmos para a próxima fase.
5ª Fase: Teste e Aprenda
A hora da verdade.
Nesta etapa nos vamos validar o protótipo por meio de testes com os usuários ou potenciais usuários e compreender a aderência da solução encontrada.
A dica aqui é validar com usuários reais, ou pessoas com o perfil ideal para o seu produto.
Preste muita atenção na validação para aprender com os erros e ter novos insights de melhorias.
A equipe ideal para o seu sprint
Para conduzir uma sessão de design sprint você vai precisar da equipe e do desafio certo, assim como tempo e espaço adequados.
Escolher as pessoas certas será tarefa simples se você seguir a lista abaixo.
O definidor
O definidor é quem decide pela equipe e é preferível que ele participe de todo o sprint – caso não seja possível, ele pode participar duas ou três vezes e delegar outro definidor que possa estar sempre presente.
Geralmente é um CEO, fundador, gerente de produto, designer-chefe ou diretor.
Especialista em finanças
O cara do dinheiro.
Pode ser um CEO, CFO, diretor financeiro ou gerente de desenvolvimento de negócios.
Especialista em marketing
Quem formula a comunicação e mensagens da sua empresa?
O sprint não deve acontecer sem o cara do marketing, mais especificamente o seu diretor de marketing ou agência parceira.
Especialista no seu consumidor
Esse é o cara que melhor entende o seu cliente.
Geralmente são os vendedores ou alguém da área de pesquisa ou atendimento que tem contato direto com seu público-alvo.
Especialista em tecnologia ou logística
Neste caso é a pessoa que melhor entende o que sua empresa pode produzir e entregar.
Costuma ser um CTO, diretor técnico ou engenheiro.
Especialista em design
Quem faz o design para o que sua companhia produz?
É vital para o sucesso das ideias que ele esteja presente durante a sessão.
Os especialistas em design costumam ser gerentes de produto ou designers.
“A palavra “equipe” já está gasta, mas, em um sprint, uma equipe é realmente uma equipe. Vocês vão trabalhar lado a lado durante cinco dias.” – Knapp, Jake.
Quer uma dica de ouro para seu sprint ser enriquecedor? Inclua pessoas que não necessariamente concordam com você.
As ferramentas para o seu sprint
Existem inúmeras ferramentas de design thinking, administração e marketing que você pode utilizar numa sessão de design sprint.
Tem até websites e livros de apoio recheados delas!
Um deles é o famoso This is service design doing – The method library, que disponibiliza um documento em pdf gratuito com dezenas delas.
Listarei na sequência as principais que utilizamos aqui na Alaska – tanto para nós quanto para nossos clientes.
Os 5 por quês
Essa ferramenta serve para explorar os diversos aspectos de uma situação ou problema e descobrir suas causas primárias.
Como funciona?
Em uma folha de papel, escreva um problema ou situação inicial; Em seguida, pergunte POR QUE isso acontece e anote as respostas que surgirem;
Use o porquê anterior para guiar o raciocínio e explorar as diversas possibilidades, até chegar ao quinto por quê.
DICA: A ferramenta estimula o raciocínio inverso e pode ajudar a levantar novas questões que precisam ser respondidas.
HMW’s
How Might We’s, ou Como nós poderíamos.
How (Como): considera que a oportunidade existe.
Might (Poderíamos): diz que temos que achar algo.
We (Nós): é sobre fazer juntos.
A dica aqui é ter uma ideia por post-it e não ser muito amplo, nem muito específico.
Personas e Mapa de empatia
Essas duas ferramentas são totalmente complementares e cruciais para qualquer sprint.
As personas auxiliam a direcionar a criação de soluções mantendo o foco no usuário e dão suporte na tomada de decisões.
Elas são personagens fictícios que representam comportamentos e necessidades dos usuários e reúnem características significativas de um determinado grupo.
Mas como fazê-las corretamente?
Após analisar um grupo de pessoas, busque identificar os padrões ou extremos que as caracterizam (por exemplo a faixa etária, classe social ou perfil comportamental);
Então crie personagens combinando esses aspectos e usando como referência o grupo analisado e atribua um nome e crie histórias que ajudem a ilustrar as necessidades desse usuário fictício e que devem servir de inspiração em processos de criação de produtos ou serviços.
DICA: sua persona precisa ser fundamentada em dados reais, portanto use e abuse de pesquisas com seus clientes para criá-las.
Mas e o mapa de empatia?
Ele vai facilitar o processo de criação de persona além de torná-la mais efetiva. É uma ferramenta famosa que integra Metodologia Canvas para Negócios.
Com ele você se colocará no lugar do seu cliente e verá a vida através do universo dele.
Para fazer o seu mapa de empatia, basta preencher a imagem abaixo com as informações obtidas nas entrevistas com o seu consumidor:
Veja um exemplo de um mapa preenchido.

Jornada do Usuário – Customer Journey
A Customer Journey é uma representação gráfica das etapas de relacionamento de usuários com os produtos e serviços que compram ou utilizam.
Em suma, é um resumão visual da experiência de compra e utilização do seu produto ou serviço. É super útil para identificar possíveis falhas ou acontecimentos inesperados.
Como fazer a sua jornada do usuário? Aqui vão as instruções.
Primeiro liste as etapas que ilustram a forma como um determinado usuário interage com um produto ou serviço (ou, ainda, um sistema);
Procure pensar no que ele faz e como faz, busque identificar possíveis pontos de
dificuldade ou dúvida. Não se esqueça de organizar as etapas em início, meio e fim para facilitar o entendimento das expectativas e realidade.
Quanto maior o desafio, melhor o sprint!
Se o seu projeto levará meses ou anos para gerar resultados, fazer um sprint é altamente recomendável.
Veja alguns exemplos de situações desafiadoras que um sprint poderia ajudar.
Projeto de Alto Risco
Quando o problema é grande e a solução demanda muito tempo e dinheiro, o design sprint é a sua chance de conferir se o caminho a ser tomado está correto antes mesmo de segui-lo.
Assim você evita frustração e perda irrecuperável de tempo e energia.
Tempo insuficiente
Se você precisa achar boas soluções rapidamente, então o sprint é para você.
Como já dito neste artigo, a essência do sprint é a velocidade: com ele você vai validar uma nova ideia em apenas cinco dias.
Projeto estagnado
Sabe aquela super ideia importante que não saiu do papel? Pois é.
Nessas situações o sprint pode agir também como um propulsor!
“Nenhum problema é grande demais para um sprint. (…) O sprint força a equipe a se concentrar nas questões mais urgentes e permite que você aprenda a partir da superfície do que seria o produto final.” – Knapp, Jake
É importante lembrar que os sprints não são apenas para projetos de longo-prazo.

Especialista em CRO, ADs, Copywriting e Estratégias de Conversão
Sou certificado pelo Conversion Optimization Minidegree Program da CXL Institute para aplicar as metodologias e processos necessários para obter as maiores vitórias com marketing digital aplicando métodos científicos de UX, Copywriting e Testes A/B. Empresas como a Google, Cisco, Gartner, HP e Ikea treinam e certificam as suas equipes de marketing digital no Instituto CXL. Também sou Google Partner credenciado com todas as certificações.